Ele olhou para aquela espada e sentia a presença de seu companheiro de castigo. Havia passado os últimos três anos arquitetando essa fuga e, agora que seu ultimo mestre naquele lugar havia morrido, deveria colocar em prática. Colocou a espada na bainha e olho para fora da barraca. Passara tanto tempo morando naquela ilha que nem sabia como devia estar o continente. Ao sair e olhar de volta para a barraca percebeu que não podia deixá-la daquela forma; deveria qualquer pista de sua estada naquele lugar, mesmo que todos soubessem. Não queria ser rastreado até voltar para casa. Ele fez um movimento semelhante a uma dança, fazendo uma volta apoiado em um único pé e aponto a mão aberta em direção à barraca. Ele agradeceu pelo Sol ainda estar lançando seus últimos e tímidos raios, dando lugar a Lua, era hora de partir.
Lembrou-se da direção da costa e então correu. Tinha de ser rápido, não podia deixar as sentinelas o verem. Foi um longo caminho até conseguir avistar o desfiladeiro que dava para o mar, e também três sentinelas, duas conversando entre si e a outra olhando na direção de onde ele vinha. A sentinela percebeu a movimentação, sacou sua espada e correu em direção ao fugitivo. Ele não tinha tempo para perder com os três, devia cuidar dessa antes que os outros dois percebessem. Ele então deu duas cambalhotas no chão e caiu com uma perna mais a frente que a outra, batendo ela forte no chão. Um pedaço do chão onde estava a sentinela subiu quase que instantaneamente, arremessando ela para o alto, fazendo-a cair desacordada no chão. Ele então rapidamente pegou a espada caída e continuou sua corrida. A essa altura os outros dois sentinelas já haviam percebido o fugitivo e se preparavam para atacar. Ele então foi rápido: arremessou a espada sobressalente em direção a um deles, e atingiu-o no pescoço e ele caiu instantaneamente.
Antes de alcançar a terceira sentinela, ele percebeu que ela não seria o seu maior problema: havia uma matilha de vampiros atrás dele, correndo como animais em sua direção. Dois membros pararam diante da sentinela desacordada e começaram a devorar-lhe a carne e o sangue. Ele então se jogou contra a ultima sentinela, e, com um movimento rápido decepou-lhe o braço. Então se virou, e viu qual era sua única chance de conseguir escapar daqueles vampiros. Levantou sua mão direita em direção a eles e gritou uma palavra com um tom de ordem, e de sua luva foram atiradas duas esferas verdes que explodiram ao atingir os vampiros.
Ele então se virou para o mar e fez novamente movimentos semelhantes aos de uma dança, só que mais suaves, então uma onda muito mais que o normal o atingiu. Ao recuar, a onda o havia levado. Ele finalmente havia conseguido a liberdade.
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